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sábado, 12 de março de 2016

Hermenêutica II

       Paz! Seminaristas!

   Vivemos num mundo de comunicação instantânea e seguidas transformações. E a Aplicação da Mensagem Bíblica segue  nesse emaranhado de evolução tecnológica. A partir, desses aspectos, devemos observar: O problema transcultural, Dedução de princípios, Síntese das ações da narrativa, Tradução de mandamentos para outra cultura e Mandamentos transculturais. Bom trabalho! Não esqueça de citar sua fonte de pesquisa!

13 comentários:

  1. Juan B.

    Diretrizes para a Dedução de Princípios

    1. Essa dedução focaliza os princípios implícitos num relato, aplicáveis através dos tempos e das culturas. Os detalhes podem variar, mas os princípios permanecem os mesmos.

    2. Ao derivar o significado de uma narrativa como base para deduzir princípios, o significado deve sempre desenvolver-se a partir de uma cuidadosa análise histórica e léxica: o significado deve ser aquele que o autor tinha em mente.

    3. De uma perspectiva teológica, o significado e os princípios derivados do relato devem estar em consonância com todos os demais ensinos da Escritura. Um princípio dedutivo extraído de uma narrativa que contradiz o ensino de outra passagem bíblica não é válido.

    4. Os princípios derivados por este método podem ser normativos ou não normativos.

    5. Os textos têm somente um significado, mas podem ter muitas aplicações. A dedução de princípios é um método de aplicar o significado que o autor tinha em mente, mas as aplicações desse significado podem referir-se a situações que o autor, num tempo e cultura diferentes, nunca imaginou.

    continua...

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  2. Juan B.

    Alguns Passos Propostos na Tradução de Mandamentos Bíblicos de uma Cultura e Tempo para Outra Cultura e Tempo
    1. Discernir tão precisamente quanto possível o princípio por trás do mandamento comportamental dado. Por exemplo, os cristãos devem julgar o pecado individual em sua comunidade local cometido para os crentes, porque se não for corrigido, o mal exercera efeito sobre toda a comunidade (1 Coríntios 5:1-13, especialmente o v. 6).
    2. Discernir se o princípio é permanente ou limitado a uma época (transcultural ou cultural). Na última seção apresentamos algumas sugestões para se fazer isto. Uma vez que a maior parte dos princípios bíblicos está arraigada na natureza imutável de Deus, parece deduzir-se que o princípio deve ser considerado transcultural, a menos que haja evidencia contrária.
    3. Se um princípio é transcultural, estude a natureza da aplicação comportamental em nossa cultura. A aplicação comportamental dada então será apropriada para nossos dias, ou será ela uma esquisitice anacrônica? É muito grande o perigo de conformar a mensagem bíblica ao nosso molde cultural. Há ocasiões em que a expressão de um princípio dado por Deus levará os cristãos a comportar-se de um modo diferente dos não-cristãos (Romanos 12:2), mas não desnecessariamente, não por amor à diferença em si. O critério para discernir se um mandamento comportamental deve aplicar-se à nossa cultura não há de ser se ele se conforma ou não às práticas culturais modernas, mas se ele expressa ou não, adequada e precisamente, o princípio intencional de Deus.
    4. Se a expressão comportamental de um princípio deve ser mudada, proponha um equivalente cultural que expresse adequadamente o princípio de origem divina que está por trás do mandamento primitivo. Por exemplo, J. B. Phillips acha que “Saudai-vos uns aos outros com cordial aperto de mão” pode ser um bom equivalente cultural para o Ocidente de “Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo”. Se não houver equivalente cultural, talvez valesse a pena considerar a criação de um novo comportamento cultural que expresse de modo significativo os princípios envolvidos. (De um modo semelhante, mas não estritamente análogo, algumas das mais recentes cerimônias de casamento expressam os mesmos 25 princípios que os mais tradicionais, porém em novas fórmulas muito criativas e significativas).
    5. Se depois de cuidadoso estudo a natureza do princípio bíblico e o mandamento que o acompanha continuam em dúvida, aplique o preceito bíblico da humildade. Por de haver ocasiões em que, mesmo depois de cuidadoso estudo de determinado princípio e de sua expressão comportamental, ainda continuamos em dúvida se devemos considerá-lo transcultural ou cultural. Se temos de decidir sobre tratar o mandamento de um modo ou de outro, mas não temos meios conclusivos para tomar a decisão, pode ser proveitoso o princípio da humildade. Afinal de contas, seria melhor tratar um princípio como transcultural e levar a culpa de ser excessivamente escrupuloso em nosso desejo de obedecer a Deus? Ou seria melhor tratar um princípio transcultural como sujeito à cultura e ser culpado de quebrar uma exigência transcendente de Deus? A resposta deveria ser óbvia. Se este princípio de humildade estiver isolado das demais diretrizes mencionadas acima, com facilidade ele poderia ser mal interpretado como base para conservadorismo desnecessário. O princípio só deve ser aplicado depois de havermos cuidadosamente tentado determinar se ele é transcultural ou cultural, e a despeito de nossos melhores esforços, o problema ainda continua em dúvida. Esta é uma diretriz de último recurso e seria destrutiva se usada como primeiro.

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    1. Prezado Irmão!
      Agradeço a introdução dos aspectos gerais do texto narrativo, porém os mesmos não eram necessários nesse momento.

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  3. Juan B.

    A Narração

    É um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.
    Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história.

    Existem três tipos de foco narrativo:

    -Narrador-personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. Nesse caso ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa.
    -Narrador-observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor, a história é contada em 3 pessoa.

    - Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo e as personagens, revelando seus pensamentos e sentimentos íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece misturada com pensamentos dos personagens (discurso indireto livre).

    É comum que o texto narrativo apresente a seguinte estrutura:

    Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá.
    Complicação: é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, conduzindo ao clímax.
    Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando o desfecho inevitável.
    Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.
    Os personagens têm muita importância na construção de um texto narrativo, são elementos vitais.
    As personagens são principais ou secundárias, conforme o papel que desempenham no enredo, podem ser apresentadas direta ou indiretamente.
    A apresentação direta é quando o personagem aparece de forma clara no texto, retratando suas características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo.


    Fonte:
    http://lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4192/mod_hermeneutica_v1.pdf
    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/narracao.htm

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    1. Paz! Juan!
      O tema Narração não está contemplando o seu trabalho. Vamos conversar em classe.

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  4. CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLOGICA
    CEFORTE








    ALUNO: VALDECI CARDOSO DA SILVA
    DISCIPLINA: HERMENÊUTICA
    PROFESSOR: EVERALDO
    QUINTO PERIODO









    APLICAÇÃO DA MENSAGEM BIBLICA
    1- O PROBLEMA TRANSCULTURAL
    2- DEDUÇÃO DE PRINCÍPIOS
    3- SÍNTESE DAS AÇÕES DA NARRATIVA
    4- TRADUÇÃO DE MANDAMENTOS PARA OUTRA CULTURA
    5- MANDAMENTOS TRANSCULTURAIS



    CABO FRIO
    2016
    INTRODUÇÃO:

    Para uma melhor aplicação, ou uma aplicação correta da mensagem bíblica, temos que entender que ela é um livro completo, conectado através de livros e capítulos, mas não contém partes isoladas. Precisamos analisar cada texto, dentro do seu contexto.

    1- PROBLEMA TRANSCULTURAL
    Há alguns anos, em uma palestra missionária, o palestrante falava sobre o texto de João 6.35 “Eu sou o pão da vida...” essa fala de Jesus em nada acrescenta aos índios, porque o “pão” para eles é a tapioca, feita da mandioca.

    2- DEDUÇÃO DE PRÍNCIPIOS
    A exegese é uma aplicação dos princípios da hermenêutica, através dela temos a compreensão, o significado ao qual o autor pretendia dar.
    A dedução de princípios é um método, que tenta descobrir como narrar princípios espirituais, morais ou teológicos, que dizem respeito ao crente atual. Tem como objetivo, tentar entender uma história, para que possamos reconhecer o motivo primário. Ela dá um motivo e uma compreensão do que o autor queria passar.

    3- SÍNTESE DAS AÇÕES DA NARRATIVA
    Exemplo: “fogo estranho”- Lv 1.1-11
    Deus consagrou Arão e seus filhos ao sacerdócio.
    Deus ordenou que o fogo ardesse continuamente sobre o altar.
    Deus confirmou a oferta de sacrifícios de Arão.
    Houve uma reação rápida de Deus ao fogo estranho de Nadabe e Abiu, podemos entender como consequência a não obediência aos estatutos Senhor.

    4- TRADUÇÃO DE MANDAMENTOS PARA OUTRA CULTURA.
    A)- discernir, o quanto possível, o princípio por traz do mandamento.
    b)- discernir, mediante exame , se é transcultural ou cultural.
    c)- se um princípio é transcultural, determinar sua aplicação comportamental, expressa ou não precisamente o principio bíblico.
    d)- se a expressão comportamental de um princípio precisa ser mudada, é necessário um equivalente cultural, para que se expresse a origem divina do mandamento.
    e)-aplique o preceito bíblico da humildade.

    5- MANDAMENTOS TRANSCULTURAIS
    João 3.16



























    FONTES:
    HERMENÊUTICA AVANÇADA, HENRY A. VIRKER
    HERMENÊUTICA FÁCIL E DESCOMPLICADA, ESDRAS BERTHO




    OBS.; FONTE DE PESQUISA PARA TRABALHO DE “FIGURAS DE LINGUAGEM”- COMO ESTUDAR E INTERPRETAR A BIBLIA, RAIMUNDO DE OLIVEIRA- CPAD.











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  5. 1) Problema transcultural: Este é um assunto que vem a muito sendo um desafio na hermenêutica, pois o problema transcultural é fazer com que as mensagens Bíblicas possam ter critérios a serem desenvolvidos, cuja a lógica alcance uniformemente o propósito e sejam aplicadas em qual quer tipo de cultura. Possa ser uma hermenêutica tradicional com fim de dar respostas básicas ou respostas mais complexas, no entanto nunca pode perder o seu ponto principal. Deus é fiel em tudo o que ele diz na Escritura, deve ser entendida dentro do contexto do nível de precisão que ele tencionava comunicar. Pois com a comunicação instantânea torna-se mais complicada, porque muitas das mensagens procedem de fontes que destorcem a mensagem bíblica segundo o seu ponto de vista.
    2) Dedução de princípios: O que vemos é o método em que as pessoas tenham a resposta mais fácil e mais precisa, com base que a mensagem seja descrita num conjunto de premissa (cada uma das proposições que servem de base a conclusão) que ela já conheça. Uma forma em que deduzir que a mensagem transmitida é de rápida compreensão.
    3) Síntese das ações da narrativa: como se sabe narra é contar experiências ou acontecimentos vividos, presenciados ou ouvidos, mas também situações imaginadas, só que quando falamos de uma mensagem bíblica a ação da narração não pode ser distorcida, pois o personagem central que é Jesus não pode se perder nas seguidas transformações do mundo. O narrador tem que conhece toda a história que relata e até os pensamentos dos personagens envolvidos nela (Foco Narrativo - Narrador-onisciente).
    4) Tradução de mandamentos para outra cultura: Sabemos que o princípio bíblico está ligado a natureza Imutável de Deus, partindo deste princípio a tradução tem que ser realizada antes com um estudo criterioso para discernir se um mandamento deve-se aplicar à essa cultura e como aplicá-la, observando se o princípio intencional de Deus não está sendo alterado. É muito grande o perigo de conformar a mensagem bíblica ao nosso molde cultural, devemos sempre prestar a atenção para não alterar o que realmente Deus quer. Se o comportamento desta cultura deve ser mudado, tem que ser proposto um equivalente cultural que expresse adequadamente o princípio de origem divina que está por trás do mandamento primitivo.
    5) Mandamentos transculturais: São aqueles que tem que ser aplicados a qualquer cultura sem que haja outra forma de ser aplicado, independente da língua, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc..... O seu princípio tem que ser imutável, aplicáveis através dos tempos e das culturas.
    - Fonte de Pesquisa:
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_de_dedu%C3%A7%C3%A3o
    http://pt.slideshare.net/e-Arquivo/sntese-do-texto-narrativo-10977720
    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/esquemasintese-narracao.htm
    http://lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4192/mod_hermeneutica_v1.pdf

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  6. Aluna; Tania Christina Prof;Everaldo 7 período "Hermenêutica"

    Para se ter uma aplicação melhor e certa da mensagem bíblica,temos que entender que ela é um livro completo,E compreendemos isto através de livros e capítulos.
    Nunca podemos nos manter em casos isolados,precisamos entender e analisar cada texto dentro do contexto
    Problemas transculturais

    Há alguns anos,Em uma palestra o missionário leu-se o texto de João 6;35
    "Eu sou o pão da vida.... mas essa fala de Jesus em nada acrescentava aos índios, o porque o "pão" deles era a tapioca feita de mandioca.

    Dedução de princípios


    A exegese é uma aplicação dos princípios da hermenêutica,através dela temos a compreensão o significado ao qual o autor queria assim passar.
    A dedução de princípios é um método que tenta descobrir como narrar princípios espirituais,morais ou teológico.


    sintase das ações da narrativa


    "Fogo estranho"LV 1.1-11
    Deus consagrou Arão e seus filhos ao sacerdócio.
    Deus ordenou que o fogo ardesse continuamente sobre o altar, Deus confirmou a oferta de sacrifícios de Arão.
    Houve uma reação rápida de Deus ao fogo estranho de Nadabe e de Abiu, podemos entender como consequência a não obediência aos estatutos do Senhor.

    tradução de mandamentos para outra cultura

    A;Discernir,o quanto é de extrema necessidade saber o quanto possível o que é o principio por traz do mandamento.
    B; Discernir ,mediante exame, se é transcultural ou cultural
    C; Se um principio é transcultural,determinar sua aplicação comportamental expressa ou não ,precisamente o principio bíblico.

    D;se a expressão comportamental de um principio precisa ser mudada,é necessário um equivalente cultural para que se expresse a origem divina do mandamento.


    aplique o preceito bíblico da humildade

    Jesus foi manso e humilde de coração

    Jesus se entregou por todos os Povos Raças Línguas
    Tribos e nações....
    O ultimo mandamento é esse;


    João 3;16

    Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça mais tenha vida eterna.




    Fontes;
    Hermenêutica avançada.Henry A. Virker
    Hermenêutica fácil e complicada,
    Esdras Bertho

    fontes de pesquisa para trabalho de "FIGURAS DE LINGUAGEM"
    COMO ESTUDAR E INTERPRETAR A BÍBLIA,RAIMUNDO DE OLIVEIRA.

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  7. Aluna : Jovana Pacheco 1ª parte

    Aplicação da mensagem Bíblica.
    1 - Problema Transcultural.
    Para a aplicação em épocas e cultura diferentes existem duas principais categorias de passagens bíblicas . A primeira é constituída de porções narrativas . Tornando essas porções bíblicas úteis para o ensino, para a repreensão, para a correção, e para a educação na justiça de um modo hermeneuticamente valido. Segundo, aplicando os mandamentos normativos da escritura. A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.
    O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.

    2 - Dedução de princípios:
    O alegorismo - desenvolve-se de um motivo correto: o desejo de tornar as passagens do antigo testamento aplicáveis ao crente do novo. Há necessidade, pois, de um método de expositivo que torne as porções narrativas da escritura aplicáveis aos crentes de nossos dias sem fazer o texto dizer algo que o primitivo autor não tinha em mente. Que na falta de uma palavra que descreva o método que realize isto, damos-lhes o nome de dedução de princípios. Este método é uma tentativa para descobrir em uma narrativa os princípios espirituais, morais ou teológicos que dizem respeito ao crente de hoje. Baseia-se na suposição de que o Espírito Santo escolheu esses incidentes históricos registrados na escritura com uma finalidade: informar, transmitir uma mensagem, esclarecer uma importante verdade etc.
    3 - Diretrizes para a dedução de princípios.
    a. Essa dedução focaliza os princípios implícitos num relato, aplicáveis através dos tempos e das culturas.
    b. Ao derivar o significado de uma narrativa como base para deduzir princípios, o significado deve sempre desenvolver-se a partir de uma cuidadosa análise histórica e léxica: o significado deve ser aquele que o autor tinha em mente.
    c. De uma perspectiva teológica, o significado e os princípios derivados do relato devem estar em concordância com todos os demais ensinos da escritura.
    d. Os princípios derivados por este método podem ser normativos ou não normativos.
    e. Os textos têm somente um significado, mas podem ter muitas aplicações.

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  8. Jovana Pacheco - 2ª parte

    4 - Tradução de mandamentos bíblicos de uma cultura para outra.
    A opinião de que alguns mandamentos bíblicos são limitados culturalmente enquanto outros não, então se faz necessário elaborar critérios para diferenciar entre os que se aplicam literalmente e as que não se aplicam. Devemos desenvolver critérios cuja lógica posso ser demonstrada, que possam ser uniformemente aplicados a uma variedade de problemas e questões, e cuja natureza é extraída da escritura ou, pelo menos seja consoante com ela.
    Devemos estabelecer uma estrutura para analisar o comportamento e os mandamentos comportamentais:
    Primeiro: um comportamento único geralmente tem significado ambíguo para o observador. Por exemplo, se da janela de meu gabinete veja lá fora um homem subindo a rua, não sei se ele está caminhando como exercício, se está a caminho de um ponto de ônibus, ou se está saindo de casa depois de uma briga com a esposa.
    Segundo: O comportamento assume maior significado para o observador à medida que investiga o seu contexto. À medida que observo mais intimamente o homem do exemplo acima, devido a sua idade, roupa, pasta e livros, formulo a hipótese se de que é um estudante que vai para escola.
    Terceiro: O comportamento que tem certo significado numa cultura pode ter significado totalmente diverso em outro. A fazer aplicações transculturais de mandamentos bíblicos, há três alternativas há considerar:
    a - Reter tanto o princípio como sua expressão comportamental.
    b - Reter o princípio, mas propor uma mudança na forma como esse princípio é expresso no comportamento da nossa cultura.
    c - Mudar tanto o princípio como sua expressão comportamental, supondo que ambos estavam presos a cultura e, portanto já não são aplicáveis.
    5 - Diretrizes para discernir se os princípios são transculturais ou culturais.
    Primeiro, determinar o motivo dado para o princípio. Segundo, se o motivo de um princípio for limitado pela cultura, então o princípio também poderá sê-lo.
    Diretrizes para discernir seus mandamentos (aplicações dos princípios) são transculturais ou culturais. Primeiro, quando um princípio transcultural está corporificado numa forma que fazia parte dos hábitos culturais comuns da época, a forma pode ser modificada, muito embora o princípio permaneça inalterado. Segundo quando uma prática aceita fazia parte de uma cultura pagã e a escritura proibia tal prática, com toda probabilidade será proibida também em nossa cultura. Terceiro é importante definir quais os benefícios que o mandamento tinha em mira, e aplicado discriminadamente a outros grupos.

    Bibliografia:
    Hermenêutica Avançada - Henry A. Virkler
    Blog : adelciio / ibadonai
    Site : Mundo e educação / Brasil escola

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  9. Juan B.

    A narrativa é o gênero literário que mais aparece na Bíblia. Mais de 40 por cento do Antigo Testamento é composto por narrativas. Além disso, no Novo Testamento, grandes porções dos Evangelhos são narrativas, e o próprio livro de Atos, praticamente inteiro, é uma narrativa.

    O que são as narrativas bíblicas?
    Narrativas são histórias. Porém a palavra história, hoje, tem um sentido de ficção, algo imaginário, como uma “historinha” na hora de dormir, ou uma “estória de aventura”. A Bíblia não é nada disso, pois se trata de verdadeira história de Deus, de seu povo, de como os guiou e guardou. Muito mais do qualquer história épica fictícia, este é o relato verdadeiro de como Deus se revelou na história do ser humano. Por isso o termo narrativa fica mais objetivo e menos prejudicial para descrevermos as ações de Deus na história.

    Todas as narrativas têm:
    1-)Enredo
    2-)Lugar
    3-) Personagens

    As narrativas do Antigo Testamento porém, estão colocadas dentro de um enredo maior, global, tem um elenco especial de personagens, dos quais os principal e especial é o próprio Deus.

    O que as narrativas não são?

    1 – As narrativas não são meros relatos de personagens que viviam nos tempos antigos. São, na realidade, histórias daquilo que Deus fez na vida destas e o que fez por meio delas. Deus é o herói das histórias, Ele é o protagonista.

    2 – Pode haver trechos de certas narrativas que talvez não fiquem claros para nós, podemos não ser informados sobre exatamente tudo quanto Deus fez em uma determinada situação. E, mesmo quando somos informados sobre o que Ele fez, talvez não fique esclarecido como Ele fez ou por que Ele fez. As narrativas não respondem a todas as nossas perguntas, nem foram escritas para isso. Foram escritas para termos noção dos feitos de Deus no plano global. Se ficarmos procurando significados ocultos acabaremos colocando coisas nos textos que não estão lá. Às vezes o desejo de explicar tudo, acaba não explicando nada.

    Princípios para interpretação das narrativas

    Dez princípios para ajudar a evitar erros óbvios na interpretação das narrativas:

    1 – Geralmente, uma narrativa do Antigo testamento, não ensina diretamente uma doutrina.
    2 – Uma narrativa ilustra uma doutrina ensinada diretamente em outro trecho da Bíblia.
    3 – As narrativas registram o que aconteceu, não o que deveria ter acontecido. Portanto, nem toda narrativa tem uma moral de história indentificável e individual.
    4 – O que as pessoas fazem na narrativa nem sempre é um bom exemplo para nós. Às vezes é exatamente ao contrário.
    5 – A maior parte dos personagens das narrativas do A.T. está longe de ser perfeita. Suas ações também.
    6 – Nem sempre somos informados, ao fim da narrativa, se o que aconteceu foi bom ou mau. Devemos julgar com base no Deus nos ensinou em outros trechos da Bíblia.
    7 – Todas as narrativas são incompletas. Nem todos os pormenores foram narrados.
    8 – As narrativas não foram escritas para responderem nossas dúvidas teológicas. Têm propósito limitado, específico e particular, deixando outros assuntos para serem tratados em outros lugares.
    9 – As narrativas podem ensinar explicitamente – quando declara algo de modo claro, ou implicitamente – quando deixa subentendido alguma coisa claramente, sem no entanto declarar.
    10 – Em última análise, Deus é o herói de todas as narrativas bíblicas.


    Leia mais em: A interpretação das narrativas do Antigo Testamento http://www.milhoranza.com/2009/09/08/narrativas-do-antigo-testamento/#ixzz49bYB4Mou
    Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
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  10. Diego Pontes da Silva

    A tarefa está inacabada e precisamos proclamar as boas novas para todos os povos (etnia) e uma das tarefas mais difíceis é deixar uma estrutura sólida e capaz de funcionar com os próprios nativos. Uma das principais atribuições para que isso aconteça é a tradução da bíblia e este é um fator complicado, pois demanda pessoas capacitadas e intimas da cultura alheia para conseguir atribuir tradução coerente.

    Segue abaixo um trecho de um artigo relevante :

    Com base na experiência ministerial que tive e com os estudos realizado ao longo do tempo, entendo que os Aspectos Transculturais da Tradução da Bíblia e da Obra Missionária
    Apresentam inúmeros desafios e implicações a missão da igreja. A seguir mencionarei apenas três deles. Em primeiro lugar, é necessário compreender bíblica e teologicamente o lugar da cultura no plano e missão Deus. Como Deus vê a cultura e como Ele trata com as diferenças culturais e linguísticas em sua missão. Em segundo lugar, é necessário entender que Deus em sua soberania escolheu dar-se a conhecer entre todos os povos através de sua palavra escrita, a Bíblia. Essa compreensão leva naturalmente a uma conexão entre a tarefa de tradução e a grande comissão. Em terceiro lugar, é necessário observar e atentar seriamente para o fato de que a o trabalho transcultural exige um alto preparo do missionário ou missionária. Além do conhecimento bíblico e teológico, torna-se necessário a aquisição de conhecimento em outras áreas tais como: antropologia, linguística, tradução, missiologia e etc.
    Aspectos Transculturais da Tradução da Bíblia e da Obra Missionária - Paulo César Duarte de Oliveira

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  11. Diretrizes para a dedução de princípios. Essa dedução focaliza os princípios implícitos num relato, aplicáveis através dos tempos e das culturas. Ao derivar o significado de uma narrativa como base para deduzir princípios, o significado deve sempre desenvolver-se a partir de uma cuidadosa análise histórica e léxica: o significado deve ser aquele que o autor tinha em mente. De uma perspectiva teológica, o significado e os princípios derivados do relato devem estar em concordância com todos os demais ensinos da escritura. Os princípios derivados por este método podem ser normativos ou não normativos. Os textos têm somente um significado, mas podem ter muitas aplicações.
    Tradução de mandamentos bíblicos de uma cultura para outro. Até que ponto os mandamentos bíblicos devem ser entendidos como condicionados culturalmente e, portanto, não normativos para o crente hodierno? E que tipo de metodologia deve aplicar-se para traduzir mandamentos bíblicos dessa cultura para nossa? Se adotarmos, como o tem feito a maioria dos cristãos evangélicos, a opinião de que alguns mandamentos bíblicos são limitados culturalmente enquanto outros não, então se faz necessário elaborar critérios para diferenciar entre os que se aplicam literalmente e as que não se aplicam. Devemos desenvolver critérios cuja lógica posso ser demonstrada, que possam ser uniformemente aplicados a uma variedade de problemas e questões, e cuja natureza é extraída da escritura ou, pelo menos seja consoante com ela.
    Estabelecer uma estrutura teorética para analisar o comportamento e os mandamentos comportamentais.
    Primeiro postulado: um comportamento único geralmente tem significado ambíguo para o observador. Segundo postulado. O comportamento assume maior significado para o observador à medida que investiga o seu contexto.
    Terceiro postulado. O comportamento que tem certo significado numa cultura pode ter significado totalmente diverso em outro. A fazer aplicações transculturais de mandamentos bíblicos, há três alternativas há considerar. Reter tanto o princípio como sua expressão comportamental. Reter o princípio, mas propor uma mudança na forma como esse princípio é expresso comportamentalmente nossa cultura. Mudar tanto o princípio como sua expressão comportamental, supondo que ambos estavam presos a cultura e, portanto já não são aplicáveis.
    Diretrizes para discernir se os princípios são transculturais ou culturais.
    Primeiro, Determinar o motivo dado para o princípio. Segundo, se o motivo de um princípio for limitado pela cultura, então o princípio também poderá sê-lo.
    Diretrizes para discernir seus mandamentos (aplicações dos princípios) são transculturais ou culturais. Primeiro, quando um princípio transcultural está corporificado numa forma que fazia parte dos hábitos culturais comuns da época, a forma pode ser modificada, muito embora o princípio permaneça inalterado. Segundo quando uma prática aceita fazia parte de uma cultura pagã e a escritura proibia tal prática, com toda probabilidade será proibida também em nossa cultura. Terceiro é importante definir quais os benefícios que o mandamento tinha em mira, e aplicado discriminadamente a outros grupos.
    Alguns passos propostos na tradução de mandamentos bíblicos de uma cultura e tempo para a outra cultura de tempo. Discernir tão precisamente quanto possível o princípio por trás do mandamento comportamental dado. Discernir se o princípio é permanente ou limitado a uma época (transcultural ou cultural). Se um princípio é transcultural, estude a natureza da aplicação comportamental em nossa cultura. Se a expressão comportamental de um princípio deve ser mudada, proponha um equivalente cultural que expresse adequadamente o princípio de origem divina que está por trás do mandamento primitivo.


    fonte: adelcioblog.blogspost.com.br

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